As eleições do Congresso americano acontecerá no início de novembro (Leonhard Foeger/Reuters)
Reuters
Publicado em 24 de julho de 2018 às 15h33.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que acredita que a Rússia trabalhará duro para fazer as eleições parlamentares de novembro penderem para os democratas, e não seus colegas republicanos, mas não apresentou provas para apoiar sua colocação.
Agências de inteligência dos EUA concluíram que a Rússia interferiu na eleição de 2016 com uma campanha de propaganda e invasões cibernéticas para desacreditar a adversária democrata de Trump, Hillary Clinton, e ajudar a candidatura de Trump, e que agora Moscou está visando as eleições do Congresso no dia 6 de novembro.
I’m very concerned that Russia will be fighting very hard to have an impact on the upcoming Election. Based on the fact that no President has been tougher on Russia than me, they will be pushing very hard for the Democrats. They definitely don’t want Trump!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 24, 2018
"Estou muito receoso de que a Rússia trabalhará muito duro para causar impacto na próxima eleição. Com base no fato de que nenhum presidente foi mais duro com a Rússia do que eu, eles se esforçarão muito pelos democratas. Eles certamente não querem Trump!", tuitou o líder republicano.
O próprio presidente russo, Vladimir Putin, admitiu que queria que Trump vencesse a corrida presidencial de 2016 em uma coletiva de imprensa com Trump após a cúpula de 16 de julho em Helsinque, mas negou ter se intrometido na eleição.
A atuação de Trump na cúpula provocou reações ferozes nos EUA porque ele evitou culpar o líder russo pela interferência eleitoral. Críticos acusaram Trump de se alinhar à Rússia à custa de seu próprio país com tal omissão.
Os democratas querem obter o controle da Câmara dos Deputados e do Senado nas eleições de novembro. A conquista de uma ou de ambas as casas pode permitir aos democratas frustrar ou adiar grande parte da agenda política de Trump e ser mais agressivos na supervisão congressional e na investigação de sua gestão.