China: local que foi epicentro do surto do novo coronavírus não apresentou novos casos pela primeira vez desde o início da doença (Bloomberg/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de março de 2020 às 16h15.
Última atualização em 22 de março de 2020 às 18h10.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta sexta-feira (20) que a cidade chinesa de Wuhan, outrora epicentro da pandemia de coronavírus, é "esperança para o mundo", depois não ter registrado novos casos da doença na quinta-feira, dia 19.
Em coletiva de imprensa, a OMS informou que mais de 210 mil casos de coronavírus no mundo foram reportados à entidade, além de mais de nove mil mortes.
"Temos de testar todos os que tiverem sintomas, mas isso não é suficiente, deve haver quarentena", disseram médicos do órgão. Segundo eles, os principais vetores de transmissão do vírus são indivíduos assintomáticos que contraem o coronavírus e têm contato com outras pessoas.
De acordo com a OMS, o mundo ainda não está perto de ter uma vacina contra o coronavírus, mas os testes estão em andamento. A entidade alertou para o fato de que a vacina, quando for disponibilizada, só será efetiva se todo mundo tiver acesso.
Tedros Ghebreyesus frisou, ainda, que pessoas jovens também precisam ter cuidado com a doença e não são "invencíveis".
O diretor-geral pediu aos países que continuem a apoiar financeiramente a resposta à pandemia de coronavírus. "Estamos gratos à forma como o setor privado age para ajudar", acrescentou.
Na coletiva, membros da OMS disseram que a principal preocupação da entidade é com os trabalhadores que podem ficar desassistidos em meio à crise.
Tedros Ghebreyesus afirmou, também, que o fechamento de fronteiras e a proibição de exportações não são a solução para a pandemia. Segundo ele, isso pode gerar problemas na cadeia de produção e impossibilitar, até mesmo, a chegada de medicamentos. "Sem comprometimento político de nossos líderes não resolveremos os problemas na cadeia de suprimentos", declarou.