Praça de São Pedro, no Vaticano: Roma "revisou e potencializou todas as medidas de segurança" (Vincenzo Pinto/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 12h23.
Roma - O alerta terrorista sobre o Vaticano é "máximo", mas "não houve nenhuma novidade sobre ameaças" precisas após os atentados em Paris, informou nesta segunda-feira o chefe da unidade de polícia de operações especiais de Roma, Diego Parente.
Em meio a informações divulgadas na Itália sobre um possível atentado terrorista no Vaticano, Parente garantiu que esse alarme "ainda não foi confirmado", mas o alerta é mantido.
Após os ataques terroristas ocorridos em Paris, o chefe de operações especiais da capital italiana ressaltou que Roma "analisou e potencializou todas as medidas de segurança", mas explicou que as precauções já "tinham aumentado" antes dos incidentes.
Parente enfatizou que foram considerados "todos os alvos sensíveis", lugares dos quais Roma "está cheia", e as medidas foram tomadas "sem privilegiar uns em relação aos outros", e sim de forma global.
Segundo ele, a capital reforçou o dispositivo de segurança no bairro do Gueto Romano e em redutos judeus, assim como em "embaixadas, monumentos, lugares de culto e redações de jornal e televisão".
O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, declarou que em seu departamento "não consta" nenhuma informação sobre um possível ataque ao Vaticano.
"Em nossas relações com os departamentos de segurança de outros países, verificamos informações (sobre um possível ataque ao Vaticano) tiradas de algumas fontes de informação e nós não temos conhecimento", ressaltou em um programa de rádio da imprensa local.
Entre o que procede ou não, o ministro disse que "infelizmente", o Vaticano "tem sido frequentemente citado nas mensagens do autoproclamado Califado, e a bandeira negra sobre a cúpula da Basílica de São Pedro não é um sinal difícil de se interpretar".
O ministro se referia a uma fotomontagem que se espalhou pelas redes sociais em outubro do ano passado. Para Alfano, não é "algo simbólico". Por isso, o Ministério do Interior italiano não subestima nenhum indício ou hipótese, "nem sequer as aparentemente mais efêmeras".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, desmentiu que o Estado tenha recebido "sinais de risco específico dos serviços de segurança de outros países".
"Ao contrário do foi divulgado por algumas fontes de informação, não é verdade que a Santa Sé tenha recebido sinais de risco específico dos serviços de segurança de outros países", disse na sala de imprensa vaticana.
Lombardi disse que é mantida "a atenção e uma prudência razoável", mas insistiu que "não há sinais de motivos concretos ou de risco específico".
Por isso, pediu para não fomentar o que chamou de "preocupações infundadas" que, segundo disse, poderiam "inutilmente alterar a vida, o clima de trabalho e inclusive os interesses de tantos peregrinos e turistas que visitam o Vaticano diariamente".
*Matéria atualizada às 13h23