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Seis mulheres são vítimas de feminicídio a cada hora, segundo a ONU

"As mulheres continuam pagando o mais alto preço como resultado dos estereótipos de gênero e desigualdade", afirma o relatório

Relatório foi publicado neste domingo pelas Nações Unidas (Nicolas Liponne/Getty Images)

Relatório foi publicado neste domingo pelas Nações Unidas (Nicolas Liponne/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de novembro de 2018 às 10h05.

Viena - Um total de 137 mulheres são vítimas a cada dia de assassinatos em 2017, seis por hora, cometidos pelos seus companheiros, ex-maridos ou familiares, quase sempre homens, segundo um relatório publicado neste domingo pelas Nações Unidas.

"No mundo todo, em países ricos e pobres, em regiões desenvolvidas e em desenvolvimento, um total de 50 mil mulheres são assassinadas todo ano por companheiros atuais ou passados, pais, irmãos, mulheres, irmãs e outros parentes, devido ao seu papel e a sua condição de mulheres", denuncia o relatório.

O documento, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (Onudd), indica que 58% de todos os assassinatos de mulheres em 2017 foram cometidos por companheiros ou familiares, o que faz com que o lar seja o "lugar mais perigoso para as mulheres".

"As mulheres continuam pagando o mais alto preço como resultado dos estereótipos de gênero e desigualdade", afirma o documento "Assassinato de gênero de mulheres e meninas".

O relatório indica que os assassinatos de mulheres por parte dos seus companheiros "é frequentemente a culminação de uma violência de longa duração e pode ser prevenida".

A ONU considera que um "aspecto crucial" para enfrentar o problema é envolver os homens na luta contra o feminicídio e "desenvolver normas culturais que se afastem da masculinidade violenta e dos estereótipos de gênero".

Entre outros assuntos, se menciona como uma boa política de prevenção a "educação precoce de meninos e meninas, que promova a igualdade de gênero e ajude a quebrar os efeitos negativos dos papéis de gêneros estereotipados".

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