Mali: "este crime busca desestabilizar a situação no Mali e abortar a resolução do conflito interno no país", disse porta-voz russo (Adama Diarra /REUTERS)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2015 às 14h07.
Moscou - As autoridades da Rússia informaram neste sábado que seis funcionários da companhia aérea Volga-Dnepr morreram durante o sequestro ontem de um hotel na capital do Mali, Bamaco, por um grupo de jihadistas.
"Entre os mortos há seis cidadãos de nosso país, que junto com outros 13 cidadãos de outros países foram baleados pelos guerrilheiros no restaurante", informou Maria Zakharova, porta-voz do ministério de Relações Exteriores.
"Eles foram mortos nos primeiros momentos do sequestro do hotel", detalhou Zakharova.
"Condenamos energicamente este crime desumano que busca desestabilizar a situação no Mali e abortar o processo de resolução do conflito interno no país", disse.
Esta informação foi confirmada à agência "Interfax" pelo governo da região russa de Ulianovsk, de onde eram os seis mortos.
Além disso, segundo informações da Embaixada russa no Mali, entre os mais de cem reféns estrangeiros libertados pelas forças de segurança malinesas havia seis russos.
A filha de um dos pilotos da Volga-Dnepr sequestrado em Bamaco confirmou que seu pai está vivo e que será repatriado em breve em um avião russo.
O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje que a cooperação internacional é a única forma de derrotar ao terrorismo.
"Enfrentar esta ameaça só é possível sobre a base de uma cooperação internacional o mais ampla possível", assinalou Putin no telegrama de condolências enviado ao presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, informou o Kremlin.
Putin alertou que "o crime desumano cometido na capital do Mali confirma que o terrorismo não conhece fronteiras, representa uma ameaça real para todo o mundo e suas vítimas são pessoas de diferentes nacionalidades e religiões".
Em um primeiro momento a ONU falou de 27 reféns mortos, entre funcionários e clientes do hotel Radisson Blu, na operação de resgate dos 170 reféns, mas Keita cifrou esse número em 19.
Além disso, dois dos agressores foram abatidos pela polícia em um ataque reivindicado por dois grupos jihadistas ativos no Sahel, Al Mourabitoun e Al Qaeda no Magrebe Islâmico.EFE