A caixa-preta revelou que o copiloto modificou as configurações para aumentar a velocidade durante a descida (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2015 às 09h45.
A análise da segunda caixa-preta do Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes franceses confirma a ação voluntária do copiloto Andreas Lubitz, informou o Escritório de Investigações e Análises (BEA) da aviação civil francesa.
"Uma primeira leitura mostra que o piloto presente na cabine utilizou o piloto automático para empreender a descida até uma altitude de 100 pé (30 metros), e depois, várias vezes durante a queda, modificou o piloto automático para aumentar a velocidade do avião durante a descida", afirma o BEA em um comunicado.
O organismo não divulgou elementos adicionais, mas informou que os trabalhos continuam para estabelecer o "desenvolvimento factual preciso do voo".
A segunda caixa-preta, a Flight Data Recorder (FDR), que contém os parâmetros do voo, foi localizada na quinta-feira pelos investigadores na área de busca da catástrofe, nos Alpes franceses.
"Foi enviada à sede do BEA durante a noite e as equipes iniciaram as operações de abertura assim que chegou", destaca o comunicado.
O A320 da companhia alemã, que viajava de Barcelona a Düsseldorf, caiu em 24 de março nos Alpes franceses. As 150 pessoas a bordo, a maioria da Alemanha e da Espanha, morreram na tragédia.