Mundo

Seguidores de Mursi convocam protestos apesar de advertência

Ontem, a ministra de Informação, Dorreya Sharafedín, afirmou que "a perigosa situação" gerada por essas concentrações chegou a ser "algo inaceitável

Apoiadores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: os partidários de Mursi estão acampados nas praças de Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Nasser, e de Al-Nahda, em Dokhi, desde o golpe de estado militar. (REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

Apoiadores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi: os partidários de Mursi estão acampados nas praças de Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Nasser, e de Al-Nahda, em Dokhi, desde o golpe de estado militar. (REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 08h48.

Cairo - Os seguidores do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi continuam acampados e convocaram protestos para essa sexta-feira, apesar de ontem o governo ter decidido começar a adotar "as medidas necessárias" para acabar com essas concentrações.

A Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade, que reúne várias organizações islamitas como a Irmandade Muçulmana, organizou para amanhã o dia de manifestações, sob o lema "Egito contra o golpe".

Os partidários de Mursi estão acampados nas praças de Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Nasser, e de Al-Nahda, em Dokhi, desde o golpe de estado militar que em 3 de julho depôs o então presidente.

Ontem, a ministra de Informação, Dorreya Sharafedín, afirmou que "a perigosa situação" gerada por essas concentrações chegou a ser "algo inaceitável".

Por isso, o Executivo pediu ao Ministério do Interior que adote as medidas necessárias para "cumprir com a Constituição e a lei", explicou Sharafedín.

No dia 27 de julho, o ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, afirmou que se preparavam para desmontar "muito em breve" os acampamentos após confrontos entre a polícia e manifestantes islamitas nas imediações de Rabea al Adauiya, que deixaram 80 mortos.

Enquanto isso, na cidade de Tal al Kabir, em Ismailiya, ontem à noite foram registrados confrontos entre simpatizantes de Mursi e "baltaguiya" (pistoleiros) nos quais foram usados coquetéis molotov e pedras, informou nesta quinta-feira a Irmandade Muçulmana em seu site.

Durante os acontecimentos, o líder da Irmandade na cidade, Balij Hamdi, foi detido em seu domicílio. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrises em empresasEgitoProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã