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Ministério da Justiça em Trípoli está em chamas

Segundo um jornalista líbio, forças da ordem praticamente se retiraram da capital e delegacias, além de outros edifícios públicos, foram saqueados ou incendiados

Protesto contra o governante líbio Kadafi, em Londres: líder pode ter fugido da capital (Dan Kitwood/Getty Images)

Protesto contra o governante líbio Kadafi, em Londres: líder pode ter fugido da capital (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h34.

Argel - A sede central do Governo líbio e o prédio que abriga o Ministério da Justiça em Trípoli foram incendiados nesta segunda-feira pelos manifestantes que reivindicam a queda do regime de Muammar Kadafi, disse o jornalista líbio Nezar Ahmed à rede de televisão "Al Jazeera".

Ahmed, por telefone da capital líbia, também assegurou que as forças da ordem praticamente se retiraram da cidade e que várias delegacias e outros prédios públicos também foram saqueados ou incendiados.

"Praticamente não há forças da ordem. Não se sabe aonde foram. Esta situação favorece os rumores alarmantes", explicou o jornalista, que mencionou como um deles a possível fuga de Kadafi do país e divergências entre altos dirigentes do Exército e de outros corpos de segurança.

Segundo Ahmed, há apenas um cordão policial em torno da sede da rede de televisão estatal "Libya TV".

O jornalista também confirmou que neste domingo à noite houve manifestações com queima de fotografias do líder líbio no centro de Trípoli pouco depois do discurso de seu filho Seif el-Islan, e que os tiroteios prosseguiram.

Ahmed também assinalou que os habitantes da capital começaram a formar comitês em cada bairro para proteger bens públicos e privados e que graças a eles foi possível salvar o principal museu da cidade de uma tentativa de incêndio.

Por outro lado, fontes de hospitais relataram à "Al Jazeera" que pelo menos 61 pessoas morreram nesta segunda-feira em Trípoli nos confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes.

O canal também informou, citando testemunhas locais, que alguns membros das forças de segurança saquearam vários bancos e empresas estatais durante a manhã.

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