Prédio da embaixada americana em Havana: até hoje o edifício não continha o cartaz que indicava sua categoria de embaixada e nem a bandeira americana, que será içada hoje (Reuters/ Enrique De La Osa)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2015 às 11h54.
Havana - A sede diplomática americana em Havana amanheceu nesta sexta-feira com um cartaz que dizia "Embaixada dos Estados Unidos", à espera de que em horas seja içada a bandeira do país e a legação seja oficialmente inaugurada pelo secretário de Estado, John Kerry.
Kerry aterrissará durante a manhã no aeroporto de Havana em uma visita histórica à ilha, a primeira de um secretário de Estado americano desde 1945, para presidir a cerimônia oficial nessa sede diplomática, que começou a funcionar como embaixada em 20 de julho.
No entanto, até hoje o edifício não continha o cartaz que indicava sua categoria de embaixada e nem a bandeira americana, que será içada hoje, 54 anos depois, pelos mesmos três fuzileiros navais que a baixaram em 1961, quando Cuba e EUA romperam relações diplomáticas, Larry Morris, Mike East e Jim Tracy.
Nos arredores da embaixada desde o começo da manhã eram vistos repórteres, câmeras e fotógrafos de meios de comunicação de todo o mundo para cobrir este evento, para o qual há credenciados mais de 500 correspondentes.
Desde cedo também começaram a se reunir na zona cubanos que, levando bandeiras de Cuba e dos Estados Unidos, querem viver de perto a cerimônia, um dos marcos no restabelecimento de relações diplomáticas entre ambos países, anunciado em 17 de dezembro.
Também estão começando a chegar à embaixada alguns dos convidados ao ato solene de abertura, de uma lista composta por cerca de 20 legisladores e funcionários da Casa Branca, dos Departamentos de Estado, Tesouro, Comércio e Defesa, além de personalidades que respaldaram o processo de aproximação com Havana desde o anúncio de 17 de dezembro.
Entre eles haverá quatro senadores -o republicano Jeff Flake e os democratas Barbara Boxer, Amy Klobuchar e Patrick Leahy- e os congressistas democratas Steve Cohen, Barbara Lee e Jim McGovern, que visitaram a ilha em algumas ocasiões anteriores para promover a aproximação.
Na lista de convidados também figuram o empresário cubano-americano Hugo Cancio e o poeta cubano Richard Blanco.
Pela parte cubana, só vazou (informação) de que irá à cerimônia oficial uma pequena delegação presidida pela diretora para os EUA da Chancelaria da ilha, Josefina Vidal, que liderou as negociações para restabelecer relações junto com Roberta Jacobson, a secretária de Estado adjunta dos EUA para a América Latina.