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Sede da Samsung é alvo de operação por escândalo de corrupção

Samsung é acusada de ter subornado uma amiga da presidente sul-coreana para conseguir a aprovação do governo para uma fusão no ano passado

Samsung: investigadores compareceram à unidade que supervisiona as estratégias de negócio da empresa (Daniela Barbosa/EXAME.com)

Samsung: investigadores compareceram à unidade que supervisiona as estratégias de negócio da empresa (Daniela Barbosa/EXAME.com)

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AFP

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 09h10.

A Procuradoria da Coreia do Sul realizou nesta quarta-feira uma operação na sede da Samsung como parte da investigação do escândalo de corrupção que afeta a presidente do país, Park Guen-Hye.

A operação acontece em um momento complicado para a presidente sul-coreana, acusada de ter permitido que sua amiga Choi Soon-sil utilizasse o relacionamento entre ambas para obrigar algumas das maiores empresas do país, como a Samsung, a realizar grandes doações a fundações criadas por ela e depois utilizar o dinheiro para fins pessoais.

Choi, 60 anos, também se envolveu supostamente em questões de Estado e teria inclusive exercido influência na nomeação de cargos importantes.

A Samsung é acusada de ter subornado Choi Soon-Sil para conseguir a aprovação do governo para uma fusão no ano passado.

Os investigadores compareceram à unidade que supervisiona as estratégias de negócio da empresa, informou a agência de notícias Yonhap.

Um porta-voz da Samsung confirmou a operação, mas não divulgou detalhes.

A fusão entre a Samsung C&T e a Cheil Industries, completada ano passado, era considerada um passo chave na transição de gerações enfrentada pelo grupo industrial, com a passagem de comando a Lee Jae-Yong, que representa a terceira geração a dirigir a empresa.

A fusão provocou polêmica entre os que afirmavam que as ações da Samsung C&T foram avaliadas a um preço inferior ao de mercado, mas o maior acionista do grupo sul-coreano, o Serviço Nacional de Pensões (NPS), votou a favor da negociação.

O NPS é supervisionado pelo ministério do Bem-Estar, cujo titular no momento da fusão era considerado muito ligado a Park.

A Samsung, a maior empresa do país, doou 20 bilhões de wons (17 milhões de dólares) a uma fundação de Choi e se tornou a maior doadora da instituição.

Vários diretores da Samsung, incluindo Lee, foram interrogados por promotores durante a investigação, que sugere a existência, há várias décadas, de vínculos nocivos entre o mundo da política e o mundo empresarial.

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