David Shulkin: "é uma afronta aos veteranos do nosso país que se permita não questionar os nazistas e supremacistas brancos" (Kevin Lamarque/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de agosto de 2017 às 08h45.
Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 08h59.
Washington - O secretário de Assuntos dos Veteranos dos Estados Unidos, David Shulkin, considerou nesta quarta-feira uma "afronta" aos ex-combatentes americanos o fato de não se questionar os neonazistas.
Shulkin, que é judeu, disse em uma coletiva de imprensa em Nova Jersey que os grupos de extrema-direita que se reuniram no sábado em Charlottesville (Virgínia) representam uma "afronta aos ideais americanos".
"É uma afronta aos veteranos do nosso país que se permita não questionar os nazistas e supremacistas brancos. E sou definitivamente contrário a esses grupos", disse Shulkin.
O secretário é dos poucos titulares do governo Trump que falaram sobre o ocorrido em Charlottesville, onde um neonazista avançou com seu automóvel contra uma manifestação antirracista, matou uma mulher e feriu outras 20 pessoas.
Trump culpou os "dois lados" pelos incidentes na Virgínia, um posicionamento muito criticado no país, inclusive por líderes republicanos.
O mais contundente do governo foi o procurador-geral Jeff Sessions, que qualificou o atropelamento de um ato "diabólico" de terrorismo doméstico.
Centenas de pessoas participaram na noite desta quarta-feira em Charlottesville de uma vigília com velas em rejeição à violência da extrema-direita e em memória de Heather Heyer, a mulher assassinada pelo neonazista.