O procurador geral dos EUA, Eric Holder, defendeu a operação que matou Bin Laden (Mark Wilson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2011 às 18h21.
Washington - O secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou nesta quinta-feira que a ação que matou Osama bin Laden não foi um assassinato, e sim um ato de legítima defesa nacional, e que a rendição do líder terrorista teria sido aceita se tivesse existido essa possibilidade.
"O que aconteceu a Bin Laden não foi um assassinato. A operação aconteceu para evitar vítimas civis", afirmou Holder à BBC.
"Sua rendição teria sido aceita se fosse possível, mas iríamos arriscar colocar em risco a vida dos corajosos SEALS (os membros do comando das forças especiais americanas que executaram a operação)", afirmou à rádio britânica.
"Foi um ato de legítima defesa nacional", completou.
O procurador-geral destacou que nada permitia acreditar que o líder da Al-Qaeda se entregaria e que era possível que vestisse um colete com explosivos.
"Era uma missão para matá-lo ou capturá-lo. Se houvesse a possibilidade de uma rendição, teria acontecido. Mas tínhamos, sobretudo, em mente a proteção das forças que entraram no complexo", afirmou Holder.
"Era um homem que havia jurado nunca ser capturado vivo e havia indicações de que poderia usar um colete explosivo e de que poderiam existir armas no quarto em que estava", destacou.
Bin Laden, o homem mais procurado do mundo desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, foi morto por um comando especial das forças americanas em 2 de mayo na cidade paquistanesa de Abbottabad, onde se acredita que viveu durante vários anos.
Os filhos de Bin Laden denunciaram o "assassinato arbitrário" do pai e consideraram "degradante e humilhante" para a família que o corpo tenha sido jogado no mar.
Em um comunicado enviado ao The New York Times, eles questionam por quê o pai "não foi detido e julgado para que os povos do mundo conhecessem a verdade".