O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realizará uma visita oficial à China nos dias 18 e 19 de junho (DEE DELGADO/Getty Images)
Agência
Publicado em 16 de junho de 2023 às 19h29.
Última atualização em 16 de junho de 2023 às 19h39.
Em resposta às tensões recentes nas relações sino-americanas, os Estados Unidos estão programando uma visita de alto escalão à China como um sinal de abertura e busca por um diálogo construtivo. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realizará uma visita oficial à China nos dias 18 e 19 de junho deste ano.
Durante sua estadia na China, Blinken terá encontros com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, além de possíveis reuniões com líderes chineses de alto nível. Os tópicos de discussão abordarão questões importantes para ambos os países, incluindo a cooperação climática sino-americana, questões comerciais, o combate ao tráfico de fentanil e preocupações geopolíticas em destaque.
A visita de Blinken é resultado de um acordo entre os líderes chinês e americano durante a cúpula realizada em Bali no ano passado. Apesar de um incidente diplomático ocorrido em fevereiro deste ano ter levado a um período de tensões e interrupção no diálogo bilateral, os dois países retomaram recentemente as interações de alto nível, demonstrando um desejo mútuo de melhorar as relações.
Além da visita de Blinken, outros altos funcionários dos Estados Unidos também estão sendo considerados para futuras visitas à China. Segundo fontes da CNN, o enviado especial para o Clima, John Kerry, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, e a secretária de Comércio, Gina Raimondo, receberam convites oficiais ou manifestaram interesse em visitar o país asiático. No entanto, a ordem das visitas ainda está em discussão, com os Estados Unidos priorizando a visita de Blinken antes das demais.
Embora o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenha expressado otimismo durante a cúpula do G7 no Japão, afirmando que as relações sino-americanas devem se acalmar em breve, é importante ressaltar que a recuperação dessas relações exigirá um esforço contínuo e sincero por parte dos Estados Unidos. O país aceitou a proposta europeia de “de-risking” nas relações com a China, substituindo o termo “decoupling” anteriormente utilizado. No entanto, é necessário ir além de meros discursos e demonstrar uma genuína vontade de construir uma parceria estável e produtiva com a China.
A visita de Blinken à China representa um passo positivo na busca pela normalização das relações sino-americanas. Espera-se que essa visita abra caminho para um diálogo mais amplo e construtivo entre os dois países, contribuindo para uma maior estabilidade e cooperação em questões de interesse comum. O mundo acompanhará atentamente os resultados dessa visita e as próximas iniciativas para aprimorar os laços bilaterais.
Tradução: Mei Zhen Li