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Seca no México faz reaparecer igreja do século XVI submersa

Igreja do século XVI, submersa por uma barragem no sudeste do México por 49 anos, reapareceu depois de uma seca severa

Igreja de Santiago Apóstolo, do século XVI, submersa por uma barragem no sudeste do México por 49 anos, reaparece (MARIO VAZQUEZ DE LA TORRE/AFP)

Igreja de Santiago Apóstolo, do século XVI, submersa por uma barragem no sudeste do México por 49 anos, reaparece (MARIO VAZQUEZ DE LA TORRE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 22h45.

Tecpatán - Uma igreja do século XVI, submersa por uma barragem no sudeste do México por 49 anos, reapareceu depois de uma seca severa e tornou-se uma atração turística visitada de barco.

A igreja de Santiago Apóstolo, construída por monges dominicanos cinco séculos atrás, desapareceu em 1966 quando foi construída a primeira hidrelétrica sobre o poderoso rio Grijalva, no estado de Chiapas.

Juan Álvarez Díaz, barqueiro da sociedade cooperativa Quechula, disse à AFP que em 2002 foi a última vez que o templo foi visto em sua totalidade no povoado de Quechula, que não tem mais o telhado.

Naquele ano, o povoado "organizou uma peregrinação ao templo, carregando o santo padroeiro Santiago Apóstolo e a imagem da Virgem de Guadalupe", dois dos oito santos recuperados pelos índios zoque quando a barragem Malpaso tornou-se ativa, lembrou Álvarez Díaz.

Os índios mantinham local como uma atração turística e religiosa. Álvarez Díaz disse que já levou muitos curiosos para visitar a igreja em seu barco, que carrega cerca de dez passageiros.

Entre 1000 e 2000 de índios zoque de Quechula foram realocados quando a barragem foi construída e as casas foram inundadas, assim como a igreja.

O templo tem uma altura de aproximadamente 15 metros e 60 metros de comprimento.

Mais da metade da igreja, que ficava no centro da cidade, apareceu nas últimas semanas após uma seca na barragem Nezahualcoyotl. Os pássaros empoleiram-se nas ruínas, tomada pela vegetação.

No entanto, esta semana o nível da água subiu porque desde domingo passado não para de chover em Chiapas pela presença de uma tempestade tropical e uma frente fria.

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