Banco do Japão: banco central do país, lançou recentemente um imenso programa de compra de bônus para tentar afastar sua economia da estagnação. (REUTERS/Yuya Shino)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 16h52.
Ottawa- Autoridades das Finanças das principais economias do mundo vão se concentrar menos em "guerras cambiais" nas reuniões desta semana, apesar da recente atenção sobre a agressiva política monetária do Japão, de acordo com uma autoridade sênior do Ministério das Finanças canadense nesta terça-feira.
Questionada sobre como ministros das Finanças e membros de bancos centrais do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, vão reagir ao imenso programa de compra de bônus japonês e o impacto sobre suas divisas, a autoridade sugeriu que questões cambiais não ocupam lugar tão proeminente na agenda de discussões quanto na última reunião em Moscou em fevereiro.
A reunião do G20 ocorre em Washington na quinta-feira e na sexta-feira.
Continua havendo uma necessidade de ajustes coordenados a taxas de câmbio para nutrir uma recuperação econômica mais forte, disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato, sem identificar quaisquer países.
O Canadá apoia as ações do Japão para impulsionar sua economia e o G20 busca garantir que as medidas adotadas por todos os países tenham como objetivo afetar apenas suas economias domésticas e não as taxas de câmbio externo para ganhar vantagem competitiva.
Os Estados Unidos, por outro lado, alertaram o Japão na semana passada de que estão acompanhando sua política econômica para garantir que ela não tenha o objetivo de depreciar o iene.
O Banco do Japão, banco central do país, lançou recentemente um imenso programa de compra de bônus para tentar afastar sua economia da estagnação. A medida reduziu fortemente o valor do iene e autoridades japonesas fizeram algumas declarações no ano passado que sugeriam que era possível que o país mirasse depreciar sua moeda.