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Sauditas dizem estar dispostos a investigação sobre jornalista Khashoggi

As investigações na Turquia indicam que Khashoggi, exilado desde 2017, pode ter ser sido assassinado dentro do consulado saudita

Rei Salman, da Arábia Saudita, recebe secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, secretário de Estado americano (Leah Millis/Reuters)

Rei Salman, da Arábia Saudita, recebe secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, secretário de Estado americano (Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de outubro de 2018 às 12h37.

Riad - O rei saudita Salman bin Abdulaziz expressou nesta terça-feira ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo, o compromisso com uma investigação "completa, transparente e oportuna" sobre o desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, segundo informou o Departamento de Estado dos EUA.

A porta-voz da pasta, Heather Nauert, informou pelo Twitter que Pompeo agradeceu ao rei pela reunião realizada em Riad para conversar sobre assuntos regionais e bilaterais.

O jornalista, ex-gerente geral do grupo de comunicação Al Arab Media Group e colunista do jornal americano "The Washington Post", desapareceu há duas semanas após entrar no consulado saudita em Istambul.

As investigações na Turquia indicam que Khashoggi, exilado desde 2017, pode ter ser sido assassinado dentro do consulado saudita, o que é negado pelas autoridades do reino. Pompeo chegou à Arábia Saudita nesta terça-feira, enviado pelo presidente Donald Trump para abordar o assunto diretamente com as autoridades sauditas.

Embora inicialmente Trump tenha se mostrou muito duro em relação ao governo saudita pela falta de uma resposta convincente sobre o paradeiro do jornalista, ontem começou a diminuir o tom, após uma conversa na qual o rei saudita negou ter conhecimento sobre o assunto.

A reunião de Pompeo com o rei Salman também contou com o príncipe saudita e ministro de Interior, Abdulaziz bin Saud bin Nayef; o ministro das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, e Khaled bin Salman, irmão do príncipe herdeiro e embaixador saudita em Washington.

O desaparecimento do jornalista elevou a pressão internacional sobre a Arábia Saudita, que por enquanto só recebeu o apoio de outros países árabes como Egito, Jordânia e Sudão.

Vários veículos da imprensa decidiram boicotar um grande fórum para investidores que será realizado na Arábia Saudita de 23 a 25 de outubro, decisão que foi apoiada por diretores de várias multinacionais.

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