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Sauditas ameaçam 'cortar dedo' de quem interferir em seus assuntos

Ministro das Relações Exteriores disse que o diálogo é o melhor caminho para atender aos anseios dos cidadãos

Arábia Saudita: comitê do governo proibiu manifestações no país (Getty Images)

Arábia Saudita: comitê do governo proibiu manifestações no país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 11h39.

Riad - O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud al-Faisal, ameaçou nesta quarta-feira "cortar o dedo" de quem interferir nos assuntos internos de seu país.

"Nós não nos metemos em assuntos alheios, portanto não aceitamos que ninguém faça o mesmo conosco", advertiu, segundo a agência de notícias estatal "SPA".

Faisal acrescentou que o diálogo é a melhor maneira de atender às aspirações dos cidadãos sauditas, "sejam do norte, sul, leste ou oeste", e lembrou que o Alto Comitê Saudita para Pesquisa Científica e Lei Islâmica emitiu um édito que proíbe as manifestações.

Além disso, o ministro reiterou o interesse do governo local em proteger a pátria, os cidadãos e seus direitos.

Faisal fez estas declarações depois de 22 pessoas terem sido detidas no último dia 6 por participarem de uma manifestação na província de Al Qatif para pedir a libertação de nove presos xiitas.

Um dia antes, o Ministério do Interior havia anunciado que adotaria todas as medidas necessárias para impedir a organização de protestos neste país, o maior exportador mundial de petróleo.

Existe o temor na Arábia Saudita de que ocorram revoltas populares como as de Tunísia e Egito, que acabaram com os regimes do tunisiano Zine el Abidine ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak.

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