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Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 16h25.
Boston - O FBI e a polícia divulgaram nesta terça-feira que ainda não há suspeitos dos atentados durante a Maratona de Boston, mas a imprensa americana revelou que um jovem saudita, que ficou ferido com as explosões, foi interrogado.
Segundo indicou à emissora "CBS" o ex-porta-voz do FBI John Miller, um estudante saudita foi considerado "pessoa de interesse".
Miller afirmou que o saudita, que não teve a identidade divulgada, tem visto de estudante e estava no lugar com outras pessoas quando aconteceram as explosões.
"Enquanto todo mundo estava sob choque, três detetives da polícia de Boston viram que ele se movimentava rapidamente para fora da multidão", explicou o ex-porta-voz.
Coberto de sangue, respondeu algumas perguntas ainda no local e foi levado para um hospital. Desde então, tem sido acompanhado pela polícia.
Fontes ligadas a investigação citadas pelo jornal "The Washington Post", no entanto, afirmaram que o estudante está sendo interrogado como testemunha, não como suspeito.
O agente especial do FBI Rick Delaurrier explicou em entrevista coletiva que "várias testemunhas" foram interrogadas, rejeitando divulgar a nacionalidade ou origem de cada uma delas.
O estudante saudita era um dos moradores do apartamento revistado pela polícia onde foram recolhidas possíveis evidências sobre o atentado. Agentes vasculharam um imóvel na Ocean Avenue, localizada a 15 minutos do lugar onde aconteceram as explosões.
Outro rapaz, que divide apartamento com o saudita, o descreveu para o jornal "Boston Globe" como um devoto muçulmano, fã de futebol, originário da cidade de Medina, e que tem 20 anos de idade. "Não acho que pudesse fazer isso", disse o companheiro de apartamento, que não teve a identidade revelada.
Oficialmente, o saudita não foi acusado de nenhum crime, e que, além disso, as autoridades não têm nenhum suspeito e desconhecem as motivações do atentado. Filmes e fotos feitas pela população que acompanhava a prova estão sendo solicitadas para auxiliar as investigações.
Hoje estava previsto, que o secretário de Estado, John Kerry, e o ministro saudita de Relações Exteriores, Saud al-Faisal, que está em Washington, dessem declaração conjunta após reunião no Departamento de Estado, mas o ato acabou sendo fechado à imprensa, sem qualquer informação sobre os motivos da mudança.