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Sarkozy: UE pode ter candidatura 'de qualidade' ao FMI

Presidente francês defende que bloco tenha candidato único ao cargo e voltou a defender importância da Europa

O presidente da França, Nicolas Sarkozy: "Europa deve optar pela unidade" (Andreas Rentz/Getty Images)

O presidente da França, Nicolas Sarkozy: "Europa deve optar pela unidade" (Andreas Rentz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 20h55.

Paris, 19 mai (EFE).- O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou nesta quinta-feira que a União Europeia, cujos membros são em seu conjunto o primeiro acionista do Fundo Monetário Internacional (FMI), se encontra em condições de apresentar uma candidatura "de muita qualidade" a essa instituição.

"Europa deve optar pela unidade", indicou o chefe de Estado em comunicado, no qual expressou seu desejo que o próximo diretor-gerente do FMI, substituindo o francês Dominique Strauss-Kahn, seja eleito pelo conselho de administração dessa entidade após um processo "aberto e transparente".

Sarkozy qualificou a renúncia de Strauss-Kahn de "inevitável" e não fez alusão alguma à ministra de Economia e Finanças francesa, Christine Lagarde, que nos últimos dias aparece na lista de favoritos europeus para substituir o economista e político socialista.

O presidente francês acrescentou que dá "todo seu apoio ao Fundo, que, sob a autoridade de seu diretor-geral, contribuiu, em uma conjuntura particularmente difícil, a preservar a estabilidade financeira mundial e a recuperação do crescimento econômico".

Previamente, o Ministério de Exteriores da França tinha assegurado que o objetivo de Paris é que "o FMI esteja em condições de garantir seu trabalho e de superar os desafios apresentados hoje em dia".

Perante a pergunta se a direção da entidade financeira deveria recair de novo em um europeu ou em alguém de um país emergente, um porta-voz ministerial afirmou que é "evidente que a Europa é um ator de primeiro plano".

Pouco antes, a própria Lagarde se mostrou a favor que haja uma proposta unânime dos europeus.

O secretário de Estado de Transportes francês, Thierry Mariani, que sustentou que a ministra "seria uma muito boa candidata", mas ressaltou a dificuldade de ser escolhida porque "França não é o único que sonha" com esse cargo.

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