O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel: apoio a Grécia (Michel Euler/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2011 às 17h32.
Paris - França e Alemanha disseram nesta quarta-feira que estão "convencidos" de que o futuro da Grécia está na Zona Euro, após o primeiro-ministro grego, George Papandreou, manifestar sua "absoluta determinação" com os compromissos adotados em relação ao resgate financeiro de seu país, disse a presidência francesa após a teleconferência entre os três líderes.
A conferência, agendada devido à forte volatilidade pela qual passam os mercados financeiros diante da possibilidade de quebra da Grécia, ajudou a trazer otimismo ao mercado nesta quarta-feira, disseram especialistas.
"O presidente da República e a chanceler estão convencidos de que o futuro da Grécia está na Zona Euro", disse o governo da França em comunicado.
Ao mesmo tempo, Sarkozy e Merkel reiteraram à Grécia que se não for cumprido o rigoroso programa de cortes e privatizações que visam a redução do déficit e da dívida pública, o país não continuará recebendo os fundos de um primeiro plano de resgate acordado no ano passado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. Esse plano, de 110 bilhões de euros, evitou a quebra de Atenas.
Segundo a nota francesa, "o primeiro ministro grego confirmou a absoluta determinação de seu governo em tomar todas as medidas necessárias para aplicar o conjunto das medidas previstas".
Os dirigentes da União Europeia acordaram no dia 21 de julho um segundo plano de resgate à Grécia, de 159 bilhões de euros. A aplicação desse plano, no entanto, depende da aprovação por parte dos governos e parlamentos dos membros da Zona Euro, integrada por 17 países.
"O presidente da República e a chanceler disseram que, mais do que nunca, é indispensável aplicar plenamente as decisões adotadas no dia 21 de julho pelos chefes de Estado e de governo da Zona Euro para assegurar a estabilidade da região", disse a presidência francesa em um comunicado.
A Grécia espera pelo desembolso de 8 bilhões de euros, correspondentes à sexta parte do primeiro plano de resgate.
"A aplicação dos compromissos do programa é indispensável para que a economia grega possa encontrar um crescimento sustentável e equilibrado", afirmou a presidência francesa.