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Sarkozy denuncia atitude 'inadmissível' de Assad

"Cada ditador que causa um derramamento de sangue terá que prestar contas", afirmou o presidente francês

Nicolas Sarkozy, presidente da França, quer mais sanções contra a Síria (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Nicolas Sarkozy, presidente da França, quer mais sanções contra a Síria (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 13h50.

Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy denunciou novamente nesta quinta-feira a atitude "absolutamente inadmissível" do presidente sírio Bashar al-Assad, mas assegurou que "cada ditador que causa um derramamento de sangue terá que prestar contas" com o Tribunal Penal Internacional.

"A atitude do presidente sírio Bashar al-Assad é absolutamente inadmissível. Mas, pelo que tenho conhecimento, não há resolução das Nações Unidas que demande uma intervenção", declarou Sarkozy às redes de televisão TF1 e France 2 após a parada militar de 14 de Julho.

"Acredito que é preciso aumentar as sanções contra um regime que aplica as medidas mais brutais contra a sua população", acrescentou, em resposta a uma pergunta sobre o silêncio da ONU frente à sangrenta repressão à onda de contestação política na Síria.

"Vivemos em um mundo novo hoje. Nenhum ditador, onde quer que se encontre, poderá se beneficiar da impunidade e os grandes países do mundo têm uma responsabilidade", considerou o chefe de Estado.

"A democracia é um direito de cada povo em todo o mundo, e a França, com seus parceiros, com seus aliados, em acordo com as Nações Unidas, deve fazer com que esse direito seja respeitado (...) Todo ditador que causa um derramamento de sangue terá que prestar contas depois" com o Tribunal Penal Internacional (TPI), insistiu sem citar o nome dos "ditadores".

Quatro países europeus (Reino Unido, França, Alemanha, Portugal) apresentaram há algumas semanas em Nova York um projeto de resolução condenando a repressão na Síria e pedindo reformas políticas, mas a adoção desse texto foi bloqueada pela Rússia e pela China.

O presidente sírio foi há três anos um dos convidados de honra de Nicolas Sarkozy para a festa nacional francesa. Ele havia participado na véspera de uma reunião de cúpula para a fundação da União para o Mediterrâneo (UpM), um projeto hoje paralisado pelo bloqueio do processo de paz no Oriente Médio.

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