Mundo

Sarkozy afirma que acordo de Bruxelas cria condições para fim da crise

Em entrevista ao jornal Le Monde, o presidente francês antecipou que em 15 dias o conteúdo jurídico do acordo estará pronto

Sarkozy: 'o objetivo é chegar a um tratado no mês de março' (David Ramos/Getty Images)

Sarkozy: 'o objetivo é chegar a um tratado no mês de março' (David Ramos/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 09h11.

Paris - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, destacou que o acordo obtido na cúpula europeia de Bruxelas da semana passada 'cria condições de recuperação e de saída da crise'.

Em entrevista concedida ao jornal 'Le Monde', Sarkozy antecipou que em 15 dias o conteúdo jurídico do acordo estará pronto, mas especificou que a disciplina orçamentária que impõe não será suficiente e que será preciso discutir com os parceiros europeus outras questões 'cruciais' para sustentar o crescimento econômico.

'O objetivo é chegar a um tratado no mês de março', afirmou.

As questões às quais se referiu afetam a indústria, a política comercial e o mercado de trabalho, segundo os trechos da entrevista antecipados pelo jornal em seu site.

O presidente francês declarou 'confiar no BCE (Banco Central Europeu) para que no futuro decida a força de sua intervenção', uma questão polêmica entre os que querem que compre maciçamente dívida dos países sob pressão e os que insistem que se limite à função de controlar a inflação.


O presidente francês criticou os que se queixam que as soluções à crise do euro sejam impostas pela Alemanha afirmando que 'os que tentam alimentar a 'germanofobia' se desqualificam'.

Paralelamente, admitiu que durante seu mandato mudou e evoluiu em sua percepção da pertinência do modelo alemão.

Em todo caso, Sarkozy insistiu que para evitar a ameaça de um crescimento econômico muito lento durante dez anos, como ocorreu no Japão, 'é preciso ao mesmo tempo reduzir o déficit e o endividamento, liberar o trabalho e recuperar a competitividade'.

'A disciplina orçamentária por si só é insuficiente. A questão que se coloca é a competitividade de nosso continente e as condições de um crescimento que deve ser absolutamente mais sustentado'.

Para o governante francês, o compromisso de Bruxelas não significará uma transferência de soberania dos países às instâncias europeias, mas 'um exercício partilhado da soberania por governos eleitos democraticamente'. 

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaFrançaNicolas SarkozyPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru