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São Paulo ganhará quatro centrais de reciclagem de lixo

previsão é de que cada unidade tenha capacidade para processar 250 toneladas de lixo por dia


	Reciclagem: as novas centrais devem custar cerca de R$ 6 milhões, além de ter despesa mensal de manutenção de R$ 300 mil
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Reciclagem: as novas centrais devem custar cerca de R$ 6 milhões, além de ter despesa mensal de manutenção de R$ 300 mil (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 10h00.

São Paulo - Até junho do ano que vem, a Prefeitura pretende colocar em funcionamento duas megacentrais de triagem de material reciclável. Outras duas devem ficar prontas em 2016.

A previsão é de que cada equipamento tenha capacidade para processar 250 toneladas de lixo por dia. A quantidade é um pouco maior do que as 240 toneladas que são processadas diariamente nas 20 centrais espalhadas pela capital.

Para viabilizar o projeto, a Secretaria Municipal de Serviços firmou um acordo com as duas empresas que fazem a coleta de lixo. O contrato que a Loga e a Ecourbis têm com a Prefeitura já previa que elas construíssem mais 17 pequenas centrais.

A proposta do governo foi trocá-las por quatro unidades maiores. As primeiras duas unidades ficarão em Santo Amaro, na zona sul, e no Bom Retiro, no centro. As outras megacentrais ficarão em São Mateus, zona leste, e na Vila Guilherme, zona norte.

O secretário de Serviços, Simão Pedro, acredita que a mudança pode ajudar o governo a atingir a meta proposta pelo prefeito Fernando Haddad (PT) de aumentar de 1,8% para 10% a quantidade de lixo reciclado no Município.

"Para atingir a meta, vamos ter de ampliar o serviço e a velocidade da coleta", afirma o secretário. "Hoje, dos 96 distritos, só 72 têm coleta seletiva. Temos de levar a todo o Município."


Críticas

Embora seja necessário aumentar a porcentagem de lixo reciclado na capital, a construção de centrais de triagem muito grandes podem causar prejuízos, segundo o presidente do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni, que é consultor da ONU para gestão de resíduos sólidos. "A iniciativa é muito boa, mas o ideal é descentralizar o tratamento do lixo para evitar o custo de deslocamentos pela cidade."

Calderoni afirma que, em geral, um terço de tudo o que se gasta com a gestão do lixo vai para o transporte do material. "Uma central capaz de tratar 250 toneladas por lixo por dia é muito grande.

É praticamente o que produz uma cidade de médio porte, com cerca de 300 mil habitantes. O mais indicado é ter pequenas centrais. Por seu tamanho, São Paulo poderia ter centenas delas."

Custo. As novas centrais devem custar cerca de R$ 6 milhões, além de ter despesa mensal de manutenção de R$ 300 mil, segundo Pedro. Por outro lado, a venda do material reciclado pode render até R$ 2 milhões por mês, segundo cálculos da secretaria.

"Esse valor deve ser dividido para todo o sistema de coleta, não só para a cooperativa que operar a central." Cada equipamento seria destinado a uma cooperativa de catadores de material reciclável, mas a renda pode ser dividida.

Cinco cooperativas aguardam autorização da Prefeitura para trabalhar. Além das quatro megacentrais, a Secretaria de Serviços estuda a construção de nove unidades menores.

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