A preservação da Mata Atlântica é uma das prioridades do governador Geraldo Alkimin para o desenvolvimento sustentável (Roberto Loffel/Veja SP)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2012 às 09h21.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou nesta terça-feira (19/06), durante a Cúpula Mundial de Estados e Regiões da Rio+20, o documento "Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável do Estado", com 40 metas a serem cumpridas até 2020.
"Nesse esforço sub-regional, o primeiro compromisso de todos nós é combater a miséria. O outro é com saneamento básico. Chegaremos a 2014 com o interior de São Paulo com 300% – 100% de água tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado", disse Alckmin.
O governador também citou que a meta vale para o litoral até o ano de 2016 e para as regiões metropolitanas até 2020.
Além das metas de erradicar a extrema pobreza até 2014 – para pessoas com renda familiar per capita de até R$ 70 por mês – e de universalização do saneamento, outras propostas são: aumentar a participação de 55% para 69% de energias renováveis no consumo final de energia em São Paulo (hidráulica, biomassa, biogás, biodiesel, etanol, solar, eólica e resíduos sólidos); atingir 20% do território paulista com cobertura vegetal; e reduzir 20% da emissão de dióxido de carbono, tendo por base o ano de 2005.
A preservação da Mata Atlântica também é prioridade. "Em São Paulo, tínhamos 5.600 famílias em Cubatão em área de risco e vamos transferir todas. Temos até financiamento do BID em um grande esforço de recuperação da Mata Atlântica, dando moradia segura e digna a essas famílias", disse Alckmin, referindo-se ao programa estadual "Recuperação Socioambiental da Serra do Mar", o maior projeto de reassentamento habitacional por questões ambientais do mundo, de acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A estratégia destaca o papel da Fapesp em diversas áreas. “No Estado de São Paulo concentram-se boa parte dos esforços de Pesquisa e Desenvolvimento do país, em temas relacionados ao desenvolvimento sustentável. A Fapesp criou e financia três amplos programas de pesquisa, que se alinham aos temas principais da Conferência e a Economia Verde: Bioenergia (BIOEN), Biodiversidade (BIOTA) e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG)”, descreve o documento.