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Santos convida ELN a participar de trégua das Farc

ELN anunciou em junho passado que mantinha contatos preliminares com o governo para estabelecer uma negociação formal


	O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos: "queremos convocar o ELN a se unir à iniciativa de um cessar-fogo unilateral, como fizeram as Farc"
 (AFP)

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos: "queremos convocar o ELN a se unir à iniciativa de um cessar-fogo unilateral, como fizeram as Farc" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 08h30.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, convidou nesta segunda-feira o Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo grupo rebelde do país, a se somar à trégua unilateral da guerrilha das Farc e avançar nos diálogos preliminares iniciados meses atrás.

"Queremos convocar o ELN a se unir à iniciativa de um cessar-fogo unilateral, como fizeram as Farc, e também queremos convidá-los a chegar a um acordo o mais rápido possível sobre os pontos da agenda que estamos discutindo há algum tempo", disse o presidente ao final de três dias de análises sobre o processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

O ELN, que conta com 2.500 rebeldes em suas fileiras, anunciou em junho passado que mantinha contatos preliminares com o governo para estabelecer uma mesa de negociação formal, sem precisar a data do início das discussões formais.

Além dos contatos preliminares com o ELN, o governo promove, desde novembro de 2012, em Havana, negociações de paz com as Farc, principal grupo rebelde do país, com 8 mil combatentes.

Santos destacou ainda a decisão das Farc de suspender, a partir de 20 de dezembro, as hostilidades de maneira unilateral e indefinida.

"Sobre este ponto, devemos reconhecer que as Farc cumpriram" sua promessa, destacou o presidente, acrescentando que é possível se mover mais rápido "no caminho da paz do que no caminho da guerra".

O presidente disse que a equipe negociadora do governo regressará "muito em breve" à Havana com uma missão: "acelerar o passo das conversações para acabar o mais rápido possível e de uma vez por todas com este conflito armado".

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