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Santos anuncia acordo com ELN para iniciar diálogo de paz

Ao ser questionado sobre se o lançamento das conversas com o ELN será em 8 de fevereiro, o presidente considerou que essa pode ser a data

Santos: "Temos um acordo com o ELN que os detalhes serão apresentados pelas duas partes no Equador, em Quito", disse (Ruben Sprich/Reuters)

Santos: "Temos um acordo com o ELN que os detalhes serão apresentados pelas duas partes no Equador, em Quito", disse (Ruben Sprich/Reuters)

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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 18h05.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira (18), em Davos, que seu governo e o Exército de Libertação Nacional (ELN), única guerrilha ativa do país, chegaram a um acordo para iniciar diálogos de paz para pôr fim a mais de meio século de conflito armado.

"Eu posso lhes dizer que chegamos a um acordo", disse o presidente em entrevista coletiva, informando que "já foi acordado" o ponto sobre a libertação de um ex-congressista em poder dessa guerrilha de esquerda. Essa situação manteve a mesa de negociações em suspenso desde o final de outubro.

Ao ser questionado sobre se o lançamento das conversas com o ELN será em 8 de fevereiro, o presidente considerou que essa pode ser a data, mas esclareceu que os detalhes serão divulgados em Quito, onde as delegações de ambas as partes se reúnem a partir de sexta (20).

"Temos um acordo com o ELN que os detalhes serão apresentados pelas duas partes no Equador, em Quito", disse.

As duas delegações darão uma entrevista coletiva hoje, às 18h (horário de Brasília), na sede da Chancelaria em Quito.

"Estamos tentando iniciar essas negociações oficiais já há três anos, e a verdade é que se tratou de um processo muito difícil", afirmou Santos, ao celebrar essa "boa notícia para o país".

"Essa segunda etapa que começará no mês que entra é sumamente importante, porque nos permitirá alcançar uma paz completa. Não apenas a paz com as Farc, mas com o ELN também", acrescentou.

A instalação da mesa com o ELN estava prevista para acontecer em 27 de outubro passado, em Quito.

Foi suspensa pelo presidente, que reivindicava a libertação do ex-congressista Odín Sánchez, nas mãos dos rebeldes desde abril passado. Já o ELN exigiu do governo que indulte guerrilheiros presos.

Envolvido com a luta armada desde 1964 e com cerca de 1.500 combatentes em dez dos 32 departamentos (estados) da Colômbia, segundo números oficiais, o ELN é a única guerrilha ativa no país, após a assinatura do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em novembro passado.

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