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Santa Sé diz que pode colaborar em caso do banco do Vaticano

Instituição afirma que não recebeu nenhum pedido das autoridades sobre as investigações, mas confirma disposição para colaborar


	Papa Francisco: investigações que levaram à detenção se concentravam na entrada ilegal na Itália de 20 milhões de euros, segundo imprensa
 (Filippo Monteforte/AFP)

Papa Francisco: investigações que levaram à detenção se concentravam na entrada ilegal na Itália de 20 milhões de euros, segundo imprensa (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 09h40.

Roma, - A Santa Sé anunciou nesta sexta-feira que não recebeu pedido algum das autoridades italianas sobre os três detidos na investigação das supostas irregularidades na gestão do chamado banco do Vaticano, "mas confirma sua disponibilidade a uma plena colaboração".

O prelado italiano Nunzio Scarano, um ex-agente dos serviços secretos da Itália e um intermediário financeiro foram detidos hoje acusados de fraude e corrupção na investigação sobre as supostas irregularidades na gestão do chamado banco do Vaticano, o Instituto para as Obras de Religião (IOR).

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que já sabia que o monsenhor Nunzio Scarano tinha sido suspenso do serviço de Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (APSA), a entidade que administra o imenso capital imobiliário do Vaticano.

Scarano tinha sido suspenso pelo Vaticano de todos suas acusações depois que foi divulgado que a Promotoria de Salerno o investigava por lavagem de dinheiro por um caso de cheques justificados como doações de origem pouco clara, por um total de 580 mil euros.

Os outros detidos são Giovanni Maria Zito, ex-agente dos serviços secretos internos italianos (AISI), já que tinha sido destituído há alguns meses de seu cargo, e Giovanni Carinzo, um intermediário financeiro.


Segundo a imprensa italiana, as investigações que levaram à detenção se concentravam na entrada ilegal na Itália de 20 milhões de euros desde a Suíça.

Esta operação foi praticada pela Guarda de Finanças (polícia fiscal italiana) após a ordem da juíza de investigações preliminares de Roma Barbara Callari.

Por enquanto, não há mais detalhes sobre os delitos e sabe-se que se trata de uma investigação que surgiu das várias que a promotoria de Roma mantém abertas sobre as supostas irregularidades do IOR.

Também não há informações sobre se neste caso, também está implicado o banco do Vaticano, como ocorreu no passado, pela pouca transparência na gestão das contas correntes.

As detenções ocorrem depois que na quarta-feira passada, o Vaticano informou que o papa Francisco nomeou uma comissão, formada por cinco membros, que se dedicará nos próximos meses a investigar tudo o que ocorra no banco do Vaticano, envolvido há anos em vários escândalos financeiros, para uma possível reforma.

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