Policial de Nova York faz guarda na entrada do metro fechado no centro de Manhattan, ameaçado pela tempestade Sandy (Andrew Kelly/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 11h49.
Nova York - A gigantesca tempestade Sandy causou estragos inéditos no sistema de metrô de Nova York, inundando túneis, garagens e pátios ferroviários, e ameaçando paralisar o maior sistema de transporte público dos Estados Unidos durante dias.
"Em 108 anos, nossos funcionários nunca enfrentaram um desafio como o que nos confronta agora", disse o presidente da Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA, na sigla em inglês), Joseph Lhota, em comunicado nesta terça-feira.
Todos os sete túneis do metrô que passam sob o East River de Manhattan para o Queens e o Brooklyn estão com água, e eventuais danos causados pela água salgada aos componentes elétricos do sistema terão de ser limpos --em alguns casos, fora do local-- antes que o sistema possa ser restaurado, segundo a MTA.
Na madrugada desta terça, as equipes de emergência estavam avaliando os danos aos túneis e pistas elevadas. Restaurar o sistema provavelmente será um processo gradual, de acordo com a porta-voz da MTA Deidre Parker.
"É realmente difícil dizer quais áreas vão voltar primeiro", disse Parker, acrescentando que provavelmente será uma combinação de parte do metrô com o serviço de ônibus. "Voltará de forma gradual." Cerca de 5,3 milhões de pessoas, em média, usam o sistema de metrô da cidade em dias de semana.
O metrô ficou sem energia nas linhas Hudson e New Haven, e houve inundações em um túnel no East River usado pelo sistema ferroviário, informou a MTA.
A prefeitura de NY fechou os sistemas de metrô, ônibus e trens de passageiros na noite de domingo, um dia antes de Sandy, uma das maiores tempestades a atingir os Estados Unidos em todos os tempos, chegar ao continente, na noite de segunda-feira, na vizinha Nova Jersey.
Embora tenha deixado de ser um furacão, Sandy é especialmente preocupante por causa do amplo alcance de seus ventos. A tempestade provocou um aumento do nível das águas de quase 4 metros no centro de Manhattan, bem acima do recorde anterior, de 3 metros, durante o furacão Donna, em 1960, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia.