Soldado protege trincheira no leste da Ucrânia: sanções da UE são um "convite direto aos neonazistas", diz chancelaria russa (Greg White/Twitter)
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2014 às 09h10.
Moscou - O Ministério de Relações Exteriores da Rússia declarou nesta terça-feira que as novas sanções da União Europeia contra cidadãos russos e ucranianos estimularam as ações dos neonazistas contra a população civil do sudeste da Ucrânia, de maioria de fala russa.
As sanções da UE são um "convite direto aos neonazistas locais a continuar a perseguir a população civil", declarou a Chancelaria russa em um comentário publicado em seu site.
"Por acaso não têm vergonha?", acrescenta a nota, que ressalta que "se alguém em Bruxelas acredita que assim (com sanções) a situação da Ucrânia será estabilizada, é uma mostra evidente de uma total incompreensão da situação nesse país".
O ministério ressaltou que a "nova leva de sanções" não pode deixar de provocar rejeição, já que "em vez de obrigar o governo de Kiev a se sentar à mesa de negociações", os europeus "seguem a esteira de Washington com novos gestos hostis rumo a Rússia".
A UE definiu ontem acrescentar 15 novos nomes à lista de russos e ucranianos sancionados por seu envolvimento na crise ucraniana, em linha com o acordo dos países do G7 de endurecer as medidas restritivas contra Moscou.
A decisão da UE aconteceu praticamente ao mesmo tempo em que os EUA anunciavam um novo rodízio de sanções "seletivas" contra indivíduos e entidades russas, assim como restrições a certas exportações para a Rússia.