O uso de ímãs levanta as substâncias nocivas, mas sem perturbar o ambiente natural (KeystoneUSA-ZUMA/Rex Features)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 17h14.
São Paulo - Cientistas da Universidade de Bristol e do Institut Laue-Langevin desenvolveram um sabão magnético. O objetivo é limpar vazamentos de petróleo.
O sabão é composto de sais ricos em ferro, dissolvido em íons de água, brometo e cloreto. A partir desses componentes, é formado um núcleo magnético dentro das partículas do sabão. O uso de ímãs levanta as substâncias nocivas, mas sem perturbar o ambiente natural.
A preocupação vem dos acidentes petrolíferos, cujo impacto é devastador sobre a vida marinha. Por exemplo, o colapso da plataforma submersível de petróleo Deepwater Horizon, da BP (British Petroleum) lançou 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México durante 100 dias em 2010. O petróleo envenenou todo o ecossistema local.
De acordo com o relatório publicado na revista Nature, os produtos químicos lançados, como dispersantes e sabões industriais, criaram muitos problemas ambientais. Além disso, as moléculas só começaram a quebrar seis meses depois. Portanto, é necessária uma solução mais sustentável e segura, que possa ser coletada com facilidade após o uso.
Apesar de o sabão magnético ainda estar em fase teórica, os cientistas querem um detergente capaz de ser produzido para limpar os vazamentos de petróleo e de ambientes sensíveis com segurança e eficácia.
Submetido a testes limitados pelos pesquisadores, o sabão sensível a um campo magnético foi inserido em um tubo de ensaio, em uma solução orgânica menos densa. Então, o sabão levitou para a superfície com o efeito da força magnética.
Segundo os cientistas, existe a possibilidade do sabão magnético também ser usado para recriar o fenômeno em líquidos comercialmente viáveis, que podem ir desde o tratamento de água até produtos de limpeza industrial.