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S&P põe rating da BP em perspectiva negativa após vazamento

Nova York - Depois da Moody's, a agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services colocou em perspectiva negativa o rating AA da British Petroleum (BP) nesta sexta-feira. A petroleira britânica possui uma fatia majoritária em um campo de petróleo offshore, onde uma explosão numa plataforma provocou um grande vazamento no Golfo do […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Nova York - Depois da Moody's, a agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services colocou em perspectiva negativa o rating AA da British Petroleum (BP) nesta sexta-feira. A petroleira britânica possui uma fatia majoritária em um campo de petróleo offshore, onde uma explosão numa plataforma provocou um grande vazamento no Golfo do México.

A S&P chamou atenção para a incerteza que a companhia enfrenta no longo prazo relacionada aos custos para minimizar o estrago ambiental e o efeito disso sobre a flexibilidade financeira do grupo. "Desde que a BP consiga conter o vazamento e limpar a área dentro de um tempo razoável, a companhia tem liquidez adequada e colchão financeiro para honrar os custos imediatos", disse a agência.

Na quarta-feira, a Moody's colocou em perspectiva negativa o rating da BP, também citando as incertezas sobre os passivos e custos de limpeza da companhia e dizendo que sua posição financeira, que é relativamente forte graças à alta dos preços do petróleo, dá-lhe certa proteção, mas que é cedo demais para exclui cenários que possam exercer uma pressão negativa sobre os ratings.

Hoje, a S&P também esboçou essa percepção e levantou a possibilidade de estrago na reputação da BP e de aumento da vigilância regulatória. O derramamento e os custos inesperados seguem-se à aquisição de alguns blocos exploratórios pela companhia, por US$ 6,5 bilhões. Também pesa contra a petroleira o aumento dos custos de produção, o mercado fraco para o refino e os baixos preços do gás natural nos EUA, de acordo com a S&P.

A S&P destacou, no entanto, que as operações globais da petroleira continuam sem interrupção e que os preços altos do petróleo são um pilar importante para a geração de caixa. As ações da BP fecharam em queda de 2,31% na bolsa de Londres nesta sexta-feira. As informações são da Dow Jones.

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