Memorial em homenagem às vítimas da violência política na Ucrânia: Moscou questiona a legitimidade das novas autoridades da Ucrânia (Konstantin Chernichkin/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 09h30.
Moscou - A Rússia enviará um representante à Ucrânia para vigiar o cumprimento dos direitos humanos na antiga república soviética por causa da revolução que derrubou o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, informou nesta quarta-feira o Conselho Presidencial dos Direitos Humanos (CPDH).
"Andrei Yúrov, analista do grupo de Helsinque em Moscou, se deslocará nesta semana à Ucrânia", disse à Agência Efe Varvara Ósipova, porta-voz do CPDH.
A porta-voz acrescentou que Yúrov "seguirá in situ" a situação dos direitos humanos não só em Kiev, mas em outras cidades, e manterá reuniões com seus colegas ucranianos.
A princípios de fevereiro, os serviços de segurança ucranianos negaram a entrada ao também chefe da comissão de direitos humanos do CPDH no exterior, por isso que teve que retornar a Moscou.
A proibição foi cancelada ontem após e o CPDH informou que Yúrov viajará para Kiev.
Moscou questiona a legitimidade das novas autoridades da Ucrânia que chegaram ao poder depois dos sangrentos enfrentamentos na capital ucraniana, que deixaram 82 mortos e cerca de 700 feridos.
A diplomacia russa denuncia tentativas dos radicais de oprimir não só as minorias étnicas, mas também os insatisfeitos com a revolução, assim como de fechar os meios de comunicação "inconvenientes" e levantar a proibição da propaganda da ideologia neonazista.