Dmitri Peskov: Vladimir Putin acusou na quinta-feira as autoridades da Ucrânia de aquecerem o conflito (Getty Images)
EFE
Publicado em 3 de fevereiro de 2017 às 11h47.
Moscou - A Rússia tentará explicar aos Estados Unidos a postura do país sobre o conflito ucraniano, afirmou o Kremlin nesta sexta-feira, após a nova embaixadora americana perante a ONU, Nikki Haley, ter responsabilizado Moscou pelo aumento da violência no leste da Ucrânia.
"Seguiremos tentando explicar nossa postura, de forma consequente e argumentada, a todos os que participam das reuniões do Conselho de Segurança da ONU, inclusive a embaixadora dos EUA. Nunca tivemos muitas ilusões" sobre uma eventual mudança de postura dos EUA com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Haley, que estreou na quinta-feira no cargo, em um Conselho de Segurança convocado para abordar o aumento do conflito na Ucrânia, expressou "uma condenação clara e contundente das ações russas" nos territórios do leste ucraniano controlado pelos separatistas rebelados contra Kiev.
Além disso, comentou que as sanções impostas a Moscou em relação com a Crimeia serão mantidas até que o controle da península seja devolvido à Ucrânia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou na quinta-feira as autoridades da Ucrânia de aquecerem o conflito no leste do país para poderem se aproximar do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Agora (os ucranianos) têm que estabelecer relações com o atual governo e através de um conflito sempre é melhor, mais cômodo. É mais fácil envolver a nova administração na resolução do problema ucraniano e abrir assim algum tipo de diálogo", disse o chefe do Kremlin durante uma visita a Budapeste.