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Rússia se mostra satisfeita com nova resolução do programa nuclear iraniano

Ministro russo declarou que a resolução estipulada pelos seis principais membros do Conselho de Governadores da AIEA é "equilibrada" e "se baseia em fatos contrastados"

Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores russo: "O mais provável é que ela seja aprovada amanhã (sexta-feira). Chegou o momento ideal para intensificar o diálogo" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores russo: "O mais provável é que ela seja aprovada amanhã (sexta-feira). Chegou o momento ideal para intensificar o diálogo" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 19h50.

Moscou - A Rússia se manifestou nesta quinta-feira satisfeita com a nova proposta de resolução sobre o programa nuclear iraniano, firmada com as potências ocidentais, já que ignora as "especulações" incluídas no último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

"O mais provável é que ela seja aprovada amanhã (sexta-feira). Chegou o momento ideal para intensificar o diálogo", disse em entrevista coletiva Sergei Lavrov, ministro de Relações Exteriores russo, citado pelas agências locais.

Lavrov declarou que a resolução estipulada pelos seis principais membros do Conselho de Governadores da AIEA (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) é "equilibrada" e "se baseia em fatos contrastados", não em "avaliações especulativas e duvidosas". Além disso, convidou o Irã e a AIEA a intensificar seu trabalho conjunto".

O chanceler russo também ressaltou que uma solução diplomática para o problema iraniano seria "a melhor resposta" para evitar que a situação entre em uma fase de "confronto, com ameaças de sanções e inclusive uso da força". "Faremos todo o possível para que se cumpram estritamente as decisões adotadas que estipulam uma solução política e pacífica para todas as questões" sobre o Irã, afirmou.

O governo russo disse que o recente relatório da AIEA sobre os supostos planos do Irã de fabricar armas nucleares lembra as acusações da agência ao Iraque em 2003, quando o país era acusado de possuir armas de destruição em massa.

Segundo a chancelaria russa, os autores do relatório "fazem malabarismos com a informação para causar a impressão de uma suposta descoberta de um componente militar no programa nuclear iraniano".

A Rússia disse que rejeitará a imposição de novas sanções contra o Irã, ao considerar que poderiam ser interpretadas como um instrumento para a mudança do regime em Teerã.

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