Síria: mais de 1,5 mil ficaram feridas por ataques aéreos e de artilharia em Goutha Oriental (Bassam Khabieh/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 11h26.
Moscou - O Kremlin rejeitou nesta quarta-feira as acusações sobre a suposta participação russa nos ataques e bombardeios contra Goutha Oriental, principal reduto opositor nos arredores de Damasco, nos quais morreram quase 300 pessoas.
"Estas acusações são infundadas. Não se entende no que se baseiam. Não apresentam nenhum dado concreto. Não estamos de acordo com elas", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, à imprensa.
Peskov comentou assim as condenações feitas tanto pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, que incriminou diretamente a aviação síria e russa, como o Departamento de Estado americano.
A respeito, o ministro de Relações Exteriores russos, Sergey Lavrov, denunciou hoje em Liubliana "provocações armadas" por parte da Frente al Nusra e dos milicianos opositores em Goutha Oriental.
Segundo o Observatório, desde domingo pelo menos 296 pessoas perderam a vida, entre elas 71 menores de idade e 42 mulheres, e mais de 1,5 mil ficaram feridas por ataques aéreos e de artilharia em Goutha Oriental.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, afirmou que Washington estava "profundamente preocupado" pelo massacre em andamento em Goutha e pelas táticas utilizadas por sírios e russos, e as comparou com as usadas no caso do infernal assédio de Aleppo.
Além disso, Mauert pediu que a Rússia ponha fim ao seu apoio ao regime de Bashar Al-Assad aos seus aliados, aos quais responsabilizou pela dramática situação humanitária na zona.
Enquanto isso, o coordenador para a Síria do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Panvos Moumtzis, condenou os "inaceitáveis" ataques contra 6 hospitais em Goutha Oriental.