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Rússia reduz 10% do bombeamento de gás à Europa, diz Ucrânia

Segundo o governo ucraniano, a Rússia está consumindo muito gás devido ao frio intenso que atinge a região

A escassez e a redução das provisões de gás abaixo de 100% do contratado foram denunciadas recentemente também por alguns outros países europeus, especialmente a Itália (Wikimedia Commons)

A escassez e a redução das provisões de gás abaixo de 100% do contratado foram denunciadas recentemente também por alguns outros países europeus, especialmente a Itália (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 08h51.

Kiev - A Rússia está bombeando 450 milhões de metros cúbicos diários de gás pelo gasoduto que entra na Europa através do território ucraniano, 60 milhões de metros cúbicos a menos do que os 510 contratados (11% menos), informou nesta quarta-feira o ministro de Energia ucraniano, Yuri Boiko.

'Devido ao frio incomum que faz na Rússia, chega menos gás em nossas fronteiras ocidentais (que unem a Ucrânia com a União Europeia) do que o contratado. A Rússia está consumindo muito gás. Por isso, hoje deveríamos dispor de 510 milhões de metros cúbicos, mas quase não temos 450', disse Boiko.

A Ucrânia retira do gasoduto a quantidade contratada com o monopólio de gás russo Gazprom, e supre a maior demanda causada também pelas baixas temperaturas que castigam o país com suas próprias reservas, revelam as autoridades.

A escassez e a redução das provisões de gás abaixo de 100% do contratado foram denunciadas recentemente por alguns países europeus, entre os quais o mais afetado deles, a Itália.

O vice-presidente da Gazprom, Aleksandr Medvedev, garantiu nesta quarta que praticamente toda a demanda europeia foi e está sendo satisfeita pelo consórcio, exceto pela primeira semana de fevereiro, quando em alguns casos as solicitações superaram 50% do estipulado nos contratos.

Lembrou, no entanto, que os contratos preveem que caso a Gazprom descumpra as provisões de volumes diários contratados os clientes do consórcio serão compensados economicamente.

No caso da Itália, a Gazprom lavou as mãos e garantiu que as reduções denunciadas pelos clientes do país transalpino, que conforme eles chegaram a 30% em dias de pico, não são de responsabilidade do consórcio russo e insinuaram que o hidrocarboneto foi retirado do gasoduto pela Ucrânia.

As queixas da Itália coincidiram com os dias mais gélidos da onda de frio que assola a Europa, incluindo a Ucrânia, que foi especialmente atingida pelas baixas temperaturas e cujo primeiro-ministro, Nikolai Azarov, declarou que 'somente em três dias' seu país consumiu '1 bilhão de metros cúbicos' de gás.

A insatisfação com a demanda de abastecimento de gás foi confirmada na terça-feira à Agência Efe pela companhia alemã E.ON Ruhrgas, que informou sobre as restrições de provisão da companhia russa. 

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