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Rússia propõe aos EUA acordo de não interferência em eleições

Segundo o governo russo, a proposta foi apresentada no último dia 21 de dezembro ao novo embaixador dos EUA, John Huntsman

Proposta russa deveria ter sido resultado das conversas entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump (Carlos Barria/Reuters)

Proposta russa deveria ter sido resultado das conversas entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 13h05.

Moscou - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou nesta quinta-feira que propôs aos Estados Unidos um acordo que inclua garantias de não interferência nas eleições e outros processos políticos internos.

A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, explicou que essa proposta foi apresentada no último dia 21 de dezembro ao novo embaixador dos EUA, John Huntsman.

"Em tal carta foi confirmada a disposição de trocar cartas ou outros tipos de garantias de não interferência mútua em eleições e outros processos políticos internos", disse Zakharova em entrevista coletiva.

A diplomata afirmou que essa carta lembrava os desejos de Washington de interferir nos assuntos internos russos em benefício próprio.

Zakharova, que disse que Moscou ainda está à espera de uma resposta, lembrou que Washington já se negou a assinar uma declaração conjunta sobre a não interferência nos assuntos internos do outro país.

A declaração deveria ter sido resultado das conversas entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump, durante a última cúpula do G20 em Hamburgo.

"Por outro lado, e acredito que os senhores podem adivinhar de primeira, os americanos recusaram adotar tal documento", comentou.

A porta-voz voltou a acusar hoje os EUA de interferência em seus assuntos internos por criticar a decisão da comissão eleitoral de não registar a candidatura do líder opositor russo, Alexei Navalny, nas eleições presidenciais de 2018.

"Essa declaração do departamento de Estado é uma ingerência direta no processo eleitoral e nos assuntos internos de um Estado estrangeiro", apontou Zakharova.

Na passada semana, em sua primeira visita à Rússia, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, denunciou que há "muitas provas" da interferência russa nos processos eleitorais de EUA, Alemanha, França e Dinamarca.

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