Policiais prendem um manifestante em frente ao tribunal: no total, cerca de 30 pessoas se viram envolvidas no "caso Bolotnaia" (AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 11h37.
Moscou - A polícia de Moscou anunciou a prisão de 200 pessoas nesta sexta-feira, diante do tribunal que julgou e condenou oito manifestantes acusados de atos violentos durante um protesto antes da posse do presidente Vladimir Putin, em maio de 2012.
Os oito eram acusados de participação em "grandes distúrbios" e de "violência contra as forças de segurança" em uma manifestação em 6 de maio de 2012 contra a posse de Putin, no dia seguinte, para o terceiro mandato presidencial.
O tribunal ainda deve se pronunciar sobre as penas de cada um deles. A promotoria pediu entre cinco e seis anos de prisão.
Os gritos de apoio da multidão de simpatizantes dos acusados, reunidos fora do prédio, chegaram até a sala do tribunal durante a leitura de decisão.
Cerca de mil pessoas, entre elas as duas jovens integrantes do grupo contestatário Pussy Riot libertadas da prisão recentemente, Nadejda Tolokonnikova e Maria Alejina, assim como o opositor Alexei Navalny, se aglomeraram diante do tribunal aos gritos de "Liberdade".
No total, cerca de 30 pessoas se viram envolvidas no "caso Bolotnaia", a praça onde ocorreu a manifestação de 6 de maio de 2012 contra a posse no dia seguinte de Putin.
Alguns foram detidas por lançado garrafas de plástico contra os agentes, e outros por ter destruído banheiros químicos ou ter oposto resistência às forças de ordem.
No entanto, não houve mortos nem feridos graves, nem disparos ou incêndios voluntários na manifestação.