Mundo

Rússia põe em dúvida credenciais democráticas ucranianas

O país alegou que no Parlamento estarão representados os comandantes de batalhões de castigo que combateram no leste


	Arseny Yatseniuk, premiê ucraniano: nota russa denuncia ameaças de represálias contra oposição
 (Andrew Kravchenko/Reuters)

Arseny Yatseniuk, premiê ucraniano: nota russa denuncia ameaças de represálias contra oposição (Andrew Kravchenko/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 14h45.

Moscou - A Rússia pôs em dúvida nesta quinta-feira as credenciais democráticas do novo Parlamento da Ucrânia, alegando que no órgão estarão representados os comandantes de batalhões de castigo que combateram no leste do país.

"Que lealdade aos padrões democráticos se pode falar se os comandantes dos batalhões de castigo estão dispostos a levar à Rada Suprema os métodos de luta contra aqueles que não estão de acordo com eles e o dizem abertamente?", pode-se ler em um comunicado da Chancelaria russa.

A nota oficial denuncia as ameaças de represálias feitas contra os membros da oposição, personificada no Bloco Opositor, o quarto partido mais votado e que inclui antigos aliados do presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovich.

"A estes (os opositores) lhes aconselhamos permanecer calados ou, como lhes "recomenda" o líder do (ultranacionalista) Setor de Direitas, Dmitri Yarosh, "melhor não virem ao Parlamento" (...)", acrescentou a nota.

Além disso, Moscou assegura que não foram cumpridas as esperanças de que as eleições, vencidas pelos partidos pró-Europa, estabilizariam a situação política no país vizinho ao formar-se "um governo de união nacional".

"Os novos deputados ainda nem assumiram seus postos e o primeiro-ministro (ucraniano), Arseni Yatseniuk, já ameaçou dissolver de novo o Parlamento se não justificarem as esperanças do eleitorado e repetirem os erros das antigas autoridades", comentou Moscou.

A Rússia destaca a importância de que as novas autoridades respeitem os direitos de todos os ucranianos, "independentemente de suas convicções políticas, lugar de origem e idioma", e se concentrem na solução dos problemas socioeconômicos do país.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA