O ex-técnico da CIA Edward Snowden: gesto é uma forma do Kremlin obter apoio dos EUA (YouTube/Reprodução)
EFE
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 09h18.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2017 às 09h46.
Washington - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, trabalha na volta para os Estados Unidos do ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA), Edward Snowden, como um "presente" ao novo presidente Donald Trump, segundo informou a emissora "NBC".
Duas autoridades americanas, sob condição de anonimato, asseguraram a "NBC" que a devolução de Snowden, foragido da justiça, seria um dos gestos que o Kremlin estaria estudando para ganhar o apoio de Trump.
Em 2013, Trump disse que Snowden era um "espião" e "traidor" e afirmou que "deveria ser executado", uma opinião também expressada por seu diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo.
O empresário nova-iorquino também disse então que se ele fosse o presidente em lugar de Barack Obama, Putin devolveria o ex-analista da NSA.
Questionado pela "NBC", o advogado de Snowden, Ben Wizner, da União Americano de Liberdades Civis (ACLU), disse desconhecer as supostas intenções do Kremlin de devolver seu cliente para os Estados Unidos.
O próprio Snowden reagiu de forma irônica à informação de "NBC" através de sua conta no Twitter.
"Finalmente: provas irrefutáveis que nunca cooperei com a inteligência russa. Nenhum país negocia com espiões, já que o resto teria medo de ser o próximo", disse o ex-analista da NSA.
Em 2013, Snowden vazou detalhes de programas de espionagem secretos que permitiam interceptar comunicações sem permissão judicial e onde o qual os EUA também espionaram aliados estrangeiros.
Após o vazamento, Snowden encontrou refúgio na Rússia para evitar ser processado nos Estados Unidos, embora seu paradeiro concreto seja mantido em segredo.
A Rússia prorrogou em janeiro a permissão de residência para Snowden por mais três anos.