Conselho de Segurança: EUA, Japão e os países europeus defendem sanções até que a Coreia do Norte desmantele completamente seu programa armamentístico (Mike Segar/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de junho de 2018 às 21h14.
A Rússia solicitou nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que analise a suspensão progressiva das sanções econômicas contra a Coreia do Norte, após o acordo firmado com os Estados Unidos para eliminar as armas nucleares da península coreana.
O Conselho aprovou no ano passado três pacotes de duras sanções econômicas contra Pyongyang, que proíbem quase todas as suas exportações de matéria-prima e limitam severamente o fornecimento de combustíveis.
Estas medidas foram uma resposta aos disparos de mísseis e ao teste nuclear realizados pelo regime norte-coreano, considerados uma ameaça à estabilidade internacional.
"É simplesmente natural que pensemos sobre dar passos nesta direção", declarou o embaixador russo Vassily Nebenzia sobre a suspensão das sanções.
"Existe um progresso que deve ser recíproco. Deve haver contrapartidas" porque "a outra parte precisa de estímulo para avançar".
Em um encontro histórico em Singapura, na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, concordaram em trabalhar para eliminar as armas nucleares da península coreana.
Mas Estados Unidos, Japão e os países europeus defendem a permanência das sanções até que a Coreia do Norte desmantele completamente seu programa armamentístico.
O embaixador holandês Karel van Oosterom, que lidera a comissão de sanções no Conselho contra a Coreia do Norte, declarou que as medidas punitivas seguem sendo implementadas com todo o vigor.
"Continuaremos mantendo a pressão com a implementação total das sanções".