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Rússia não se convence com provas apresentadas pelos EUA

Segundo o chanceler russo, os relatórios apresentados pelos americanos sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio não continham provas concretas


	Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov: ele disse que quando Moscou solicita detalhes concretos "eles respondem que tudo é secreto" 
 (Sergei Karpukhin/Reuters)

Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov: ele disse que quando Moscou solicita detalhes concretos "eles respondem que tudo é secreto"  (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 06h29.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira que as provas apresentadas pelos Estados Unidos sobre o uso de armas químicas pelas tropas governamentais da Síria não são concretas e não convenceram às autoridades de Moscou.

"Sim, nos mostraram uns relatórios que não continham nada concreto: nem coordenadas geográficas, nem nomes, nem provas que as amostras foram recolhidas por profissionais", disse Lavrov, citado pela agência "Interfax", ao inaugurar o ano letivo no Instituto de Relações Internacionais de Moscou.

Acrescentou que nos documentos citados não se comenta o fato de que vários especialistas colocam sérias dúvidas sobre as imagens em vídeo que circulam na internet do suposto ataque com armas químicas.

"Também o que nos mostraram antes, nos últimos tempos, nossos parceiros americanos, britânicos e franceses não nos convence", reiterou o chefe da diplomacia russa.

Lavrov disse que quando Moscou solicita detalhes concretos "eles respondem que tudo é secreto" e, portanto, não nos podem entregar.

Ontem, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que seu país tem provas de que o regime sírio usou gás sarin no suposto ataque com armas químicas na periferia de Damasco no dia 21 de agosto.

Amostras de cabelo e sangue das vítimas desse ataque, no qual, segundo os Estados Unidos, morreram 1.429 pessoas, "testaram positivo" para exposição ao gás sarin, detalhou Kerry em uma rodada de entrevistas com as principais emissoras de televisão. 

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