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Rússia não quer caixas-pretas de avião, diz chanceler

Ministro das Relações Exteriores russo disse que o país não vai ficar com as caixas-pretas do Boeing malásio que caiu em Donetsk, na Ucrânia

Destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, matando 298 pessoas (Maxim Zmeyev/Reuters)

Destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu na Ucrânia, matando 298 pessoas (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 10h24.

Moscou - A Rússia não vai ficar com as caixas-pretas procedentes do Boeing 777 malásio supostamente derrubado na quinta-feira com 298 passageiros a bordo no leste da Ucrânia, assegurou hoje o ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov.

"Queremos que os especialistas internacionais cheguem o mais rápido possível ao local da catástrofe para que recebam em seguida as caixas-pretas. Apesar do que diz Kiev, nós não vamos levar essas caixas, não temos intenção de violar as normas internacionais que se aplicam nestas situações", disse Lavrov.

O chefe da Chancelaria russa destacou que a investigação "é um assunto da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), dos países que têm uma relação mais direta com esta tragédia (Holanda e Malásia), daqueles Estados cujos cidadãos estavam a bordo, e certamente, da Ucrânia".

Por outro lado, Lavrov exigiu do Conselho de Segurança da ONU - que se reúna hoje em sessão extraordinária para tratar sobre o acidente - "que se pronuncie pelo início imediato de uma investigação independente, objetiva, livre e transparente" das causas da tragédia.

"As tentativas de declarar que se tratou de um atentado terrorista, e indicar assim como devem investigar (o acidente) os especialistas ucranianos, é uma pressão intolerável sobre a atividade da comissão internacional que deverá dar respostas sobre o sucedido", advertiu o chefe da diplomacia russa em declarações ao canal "Russia-24".

Tanto o governo ucraniano como os sublevados se acusam da derrubada do avião malásio, embora Kiev tenha inclusive ido além e acusado a Rússia de estar envolvida na tragédia.

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