Mundo

Rússia mantém Conselho de Segurança 'refém' de crise síria

A embaixadora indicou que o sistema do Conselho de Segurança, no qual os cinco membros permanentes podem vetar qualquer resolução, falhou com o povo sírio

Samantha Power: embaixadora dos EUA declarou que a proteção da Rússia ao presidente Bashar al-Assaf coloca sob grande tensão todo o sistema de gestão de crises internacionais do Conselho de Segurança (Getty Images)

Samantha Power: embaixadora dos EUA declarou que a proteção da Rússia ao presidente Bashar al-Assaf coloca sob grande tensão todo o sistema de gestão de crises internacionais do Conselho de Segurança (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 17h02.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, acusou nesta quinta-feira a Rússia de manter o Conselho de Segurança "refém" da crise síria.

Power declarou a jornalistas que a comunidade internacional não pode permitir que o governo sírio atue impunemente, fazendo uso de armas químicas, porque seu "protetor" russo bloqueia o Conselho.

Com a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, Power declarou que a proteção da Rússia ao presidente Bashar al-Assaf coloca sob grande tensão todo o sistema de gestão de crises internacionais do Conselho de Segurança.

"Mesmo com o golpe flagrante às normas internacionais contra o uso de armas químicas, a Rússia ainda mantém refém o Conselho e ilude as suas responsabilidades internacionais", disse Power.

A embaixadora, que assumiu o cargo no mês passado, indicou que o sistema do Conselho de Segurança, no qual os cinco membros permanentes (Rússia, EUA, China, França e China) podem vetar qualquer resolução, falhou com o povo sírio.

"Em vez disso, o sistema tem protegido as prerrogativas da Rússia, que patrocina um regime que descaradamente cometeu o maior ataque com armas químicas em um quarto de século", ressaltou.

A embaixadora falou após uma autoridade americana revelar que os outros membros da ONU têm evidências de que o regime de Assad lançou um ataque com gás sarin perto de Damasco em 21 de agosto.

Power insistiu que as evidências "apontam esmagadoramente para uma conclusão clara: o regime de Assad realizou um ataque indiscriminado de grande escala contra o seu próprio povo com armas químicas".

Rússia e China vetaram três resoluções propostas pelas potências ocidentais destinadas a aumentar a pressão sobre Assad.

No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta semana que estaria disposto a considerar uma ação se o Conselho de Segurança estivesse convencido de que o governo Assad realizou o ataque de 21 de agosto.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBashar al-AssadEuropaPolíticosRússiaSíria

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA