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Rússia, Irã e Turquia conversarão na terça-feira sobre Aleppo

Segundo comunicado, a reunião abordará a regulação do conflito sírio e propõe contribuir ao cumprimento das resoluções da ONU

Exército sírio em Aleppo: governos buscarão entender suas visões com relação ao conflito na cidade síria (Omar Sanadiki/Reuters)

Exército sírio em Aleppo: governos buscarão entender suas visões com relação ao conflito na cidade síria (Omar Sanadiki/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 09h26.

Última atualização em 19 de dezembro de 2016 às 09h43.

Moscou - Os ministros das Relações Exteriores e Defesa da Rússia, Turquia e Irã realizarão amanhã em Moscou consultas trilaterais sobre a situação na Síria, segundo anunciou nesta segunda-feira a Chancelaria russa.

"A reunião abordará a regulação do conflito sírio e propõe contribuir ao cumprimento das resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirma o comunicado.

Segundo fontes iranianas, a reunião foi estipulada na segunda-feira em conversa telefônica pelos ministros da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e Irã, Hussein Dehgan.

Rússia e Irã estão no mesmo lado da Síria, onde apoiam o regime de Bashar al-Assad, tanto política como militarmente, já que os aviões russos e as milícias iranianas participaram ativamente nos combates.

Enquanto isso, russos e turcos aproximaram posturas nas últimas semanas, até o ponto de que o acordo de evacuação de civis e combatentes rebeldes da cidade de Aleppo foi fechado pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin, e seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan.

De fato, Putin anunciou na sexta-feira um acordo com Erdogan para convocar uma rodada de negociações para regulação pacífica do conflito sírio em Astana, capital cazaque.

Para isso, disse que Moscou e Ancara mantêm negociações com a oposição armada síria com o objetivo de conseguir o mais rápido possível um cessar-fogo em todo o país árabe.

Além disso, depois do atentado que causou no sábado a morte de 13 militares turcos, Putin pediu que Erdogan responda com uma luta mais firme contra o terrorismo.

"Tenho certeza que a resposta perante este tipo de ataque criminoso deve ser uma luta mais decidida contra os grupos extremistas", afirmou Putin.

Após ameaçar vetar o projeto de resolução francesa, a Rússia pactuou ontem à noite no Conselho de Segurança com as potências ocidentais um texto para que a ONU supervisione as evacuações de civis e combatentes rebeldes de Aleppo.

O Exército russo deu por terminada na sexta-feira tanto a libertação de Aleppo pelas tropas governamentais sírias como a operação de evacuação.

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