Soldado ucraniano faz guarda em frente a tanques blindados em um posto de controle perto do vilarejo de Malinivka, a sudeste de Slaviansk, no leste da Ucrânia (Baz Ratner/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2014 às 18h36.
Moscou - O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou preocupação nesta quarta-feira com "declarações militaristas" do governo ucraniano depois que o presidente interino, Oleksander Turchinov, disse que as Forças Armadas da Ucrânia estavam em alerta militar total para o caso de uma invasão russa.
"Insistimos em que Kiev pare imediatamente com a retórica beligerante, que pretende intimidar a sua própria população", afirmou o Ministério das Relações Exteriores, após os comentários de Turchinov nesta quarta-feira, e também pediu que autoridades da Ucrânia se abstenham de usar a força.
O Ocidente acredita que o governo russo esteja envolvido nos acontecimentos do leste da Ucrânia, onde separatistas ocuparam mais edifícios públicos na luta para se afastarem do controle do governo de Kiev, e por isso nesta semana introduziu novas sanções à Rússia por causa da Ucrânia.
A Rússia nega as alegações ocidentais de fomentar a agitação separatista no leste ucraniano.
O presidente russo, Vladimir Putin, manteve conversas por telefone com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o premiê italiano, Matteo Renzi, nesta quarta-feira, e depois o Kremlin divulgou declarações curtas destacando o consenso entre os líderes.
Falando durante uma viagem ao Chile, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou não iria retaliar imediatamente contra as sanções ocidentais, mas iria rever essa posição caso sejam introduzidas medidas que afetem a sua economia.