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Rússia está estimulando corrida nuclear, diz Zelensky no fórum de Doha

O presidente disse que, quando a Ucrânia desmantelou seu arsenal na década de 1990, recebeu garantias de segurança dos países mais poderosos do mundo, incluindo a Rússia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirige-se ao Fórum de Doha por videoconferência. (AFP/AFP)

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirige-se ao Fórum de Doha por videoconferência. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 26 de março de 2022 às 11h05.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (26), em um discurso no Fórum de Doha, que o alarde feito pela Rússia de suas armas nucleares está estimulando uma perigosa corrida armamentista. 

Em uma intervenção feita por videoconferência em uma reunião de líderes políticos e empresariais organizada em Doha, Zelensky também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça.

"Eles estão alardeando que podem destruir não apenas um país em particular, mas o mundo inteiro, com suas armas nucleares", insistiu Zelensky.

O presidente disse ainda que, quando a Ucrânia desmantelou seu arsenal na década de 1990, recebeu garantias de segurança dos países mais poderosos do mundo, incluindo a Rússia, segundo a tradução de seu discurso.

"Mas isso não se converteu em garantias e, de fato, um dos países que se acreditava que cumpriria uma das maiores promessas de segurança começou a agir contra a Ucrânia, e isso constitui o cúmulo da manifestação da injustiça", reclamou Zelensky.

Neste contexto, o presidente ucraniano pediu ao Catar, que é um dos três maiores produtores de gás natural, que aumente o fluxo, devido ao conflito.

"O futuro da Europa depende de seus esforços", declarou a uma plateia que incluía o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.

Os países europeus prometeram que deixarão de depender do petróleo e gás russos e já recorreram ao Catar para buscar fornecedores alternativos.

A Alemanha prometeu construir dois enormes terminais para receber gás liquefeito do Catar, informou este país do Golfo, após uma visita de enviados de Berlim.

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