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Rússia está "decepcionada" com adiamento de reunião com EUA

Governo russo se mostrou decepcionado com o cancelamento da reunião bilateral com os Estados Unidos sobre a Síria, que estava prevista para amanhã


	Membro do Exército livre da Síria: adiamento de encontro "gerou uma grande decepção em Moscou", disse porta-voz russo
 (Muzaffar Salman/Reuters)

Membro do Exército livre da Síria: adiamento de encontro "gerou uma grande decepção em Moscou", disse porta-voz russo (Muzaffar Salman/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 09h22.

Moscou - A Rússia está "seriamente decepcionada" com o cancelamento da reunião bilateral com os Estados Unidos sobre a Síria, a qual estava prevista para ser realizada amanhã em Haia, declarou nesta terça-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Aleksandr Lukashévich.

"A decisão de Washington de adiar a citada reunião às vésperas da data anunciada gerou uma grande decepção em Moscou", assinalou o comunicado de Lukashévich, publicado no site da Chancelaria russa.

Lukashévich lembrou que em uma conversa telefônica realizada no último domingo entre o titular russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, e o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o americano assegurou que apoiava a convocação de uma conferência de paz para Síria e que faria um esforço para convencer os opositores sírios a participarem dessa reunião internacional.

"A decisão de adiar a reunião em Haia, por outro lado, envia uma mensagem oposta à oposição, encorajando sua falta de compromisso enquanto espera uma intervenção externa", ressaltou o diplomático na mesma nota.

No comunicado, Lukashévich também pediu os EUA e outros países respeitarem o direito internacional e evitar uma intervenção na Síria sem a autorização do Conselho de Segurança da ONU, no qual a Rússia já vetou várias vezes uma resolução neste sentido.

"As tentativas de evitar o Conselho de Segurança, criando mais uma vez pretextos artificiais e sem provas para intervir na região, podem derivar em mais sofrimento na Síria e consequências catastróficas para outros países do Oriente Médio e o norte da África", finalizou o porta-voz da chancelaria russa.

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