Mundo

Rússia enfrenta dificuldades para manter fogo olímpico acesa

Chama se apagou pelo menos oito vezes nos primeiros seis dias do revezamento, que terminará nos Jogos de Inverno de Sochi

Relógio com a contagem regressiva dos dias para o começo dos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia (Thomas Peter/Reuters)

Relógio com a contagem regressiva dos dias para o começo dos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia (Thomas Peter/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 15h11.

Moscou - A tocha olímpica foi para o Polo Norte e já viajou por milhares de quilômetros, num revezamento que terminará em fevereiro nos Jogos de Inverno de Sochi, na Rússia. O problema é que a chama volta e meia se apaga.

O presidente russo, Vladimir Putin, espera fazer dos Jogos uma vitrine para o mundo da moderna face da Rússia, depois de 23 anos da derrocada da União Soviética.

Mas os preparativos têm sido prejudicados por atrasos, estouros no orçamento e críticas sobre questões como a proibição da maioria dos protestos em Sochi e o tratamento dado aos imigrantes que trabalham na construção das instalações do evento e aos homossexuais na Rússia.

Acima disso, a mais longa trajetória da tocha na história foi interrompida várias vezes desde que Putin a acendeu diante do Kremlin, dando início ao revezamento, em 6 de outubro.

Minutos depois, a chama se apagou quando um ex-campeão soviético de natação atravessava uma ponte na área do Kremlin, num incidente transmitido ao vivo pela TV. Um guarda à paisana salvou o dia, acendendo-a novamente com um isqueiro.

A fabricante do isqueiro, a empresa Zippo, dos Estados Unidos, postou no Facebook uma foto do guarda acendendo a tocha, com uma mensagem no Twitter com a hashtag #ZippoSavestheOlympics, numa referência à marca. O Comitê Olímpico Internacional ameaçou processá-la, e a empresa logo removeu o post.

A chama se apagou pelo menos oito vezes nos primeiros seis dias do revezamento, segundo o canal independente de TV e Internet Dozhd.

De acordo com a jornalista Yulia Latynina, que vem acompanhando a trajetória da tocha por 65.000 quilômetros, o fogo se extinguiu pelo menos 44 vezes. A peça foi fabricada numa fábrica da Sibéria que produz submarinos que lançam mísseis balísticos.

"Uma tocha é bem mais simples do que um míssil - é um grande isqueiro de gás", disse Latynina à rádio Ekho Moskvy. "Pergunta: os nossos mísseis voam do mesmo modo que as tochas queimam?".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEsportesEuropaOlimpíadasRússia

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA