Presidente da Rússia, Vladimir Putin (Mikhail Svetlov/Getty Images)
EFE
Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 13h23.
Última atualização em 9 de dezembro de 2018 às 13h23.
A Rússia está vinculada a outros dois assassinatos no Reino Unido, segundo evidências encontradas pelos detetives britânicos encarregados de analisar o caso do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Julia em março em Salisbury, na Inglaterra, revelou neste domingo o jornal "The Sunday Times".
Os agentes do departamento antiterrorismo da Scotland Yard, conhecido como SO15, que investiga o caso dos Skripal, tiveram acesso a informações que indicam que o Kremlin pode estar por trás do assassinato de outras duas pessoas nos últimos anos.
De acordo com a publicação, um deles seria Alexander Perepilichnyy, empresário crítico em relação ao Kremlin e que morreu em 2012 na sua casa em Surrey, sul da Inglaterra, após tomar uma sopa russa. O outro seria o empresário Scot Young, que tinha amigos críticos em relação a Moscou e foi achado morto há quatro anos em casa, em Londres.
O jornal acrescenta que a Polícia Metropolitana de Londres deve afirmar que algumas dessas mortes foram "suspeitas", por isso pedirá a ajuda de possíveis testemunhas para a investigação.
O SO15 teria reunido provas que agentes do GRU, a agência de inteligência militar da Rússia, viajaram para o Reino Unido nas datas em que morreram estas pessoas.
Em março, o ex-espião duplo Sergei Skripal e a sua filha Julia foram envenenados com um agente químico que havia sido colocado na maçaneta da porta principal de casa em Salisbury, mas sobreviveram após permanecerem várias semanas internados.
O polêmico caso provocou um conflito entre os governos de Rússia e Reino Unido, e os países decidiram expulsar mutuamente diplomatas.